Nada no lugar. Nem ideias, nem vontades, nem convicções, nem mesmo dúvidas.
Não há paredes que escorem as certezas que insistem em cair. Não há chão que sustente o peso dos desejos. No olho desse furacão tudo se esvaiu. Até as palavras misturaram-se ao redemoinho dos ventos e ora me abandonam, ora recaem sobre mim como entulhos cortantes e desorganizados. Nada no lugar, a não ser o estalar do tempo que pressiona o vazio pontualmente presente. E nesse tic tac irritantemente constante tento me reorganizar.
Imagem: Salvador Dalí.
ResponderExcluirTempos interiores...
Beijo
Laura